Open Source) sendo tratados como se fossem a mesma coisa. De igual
maneira, não é difícil encontrar a
expressão "código aberto" como mero sinônimo de
"código-fonte aberto". Não há, necessariamente,
erros aqui, mas há diferenças.
O Open Source é um movimento que surgiu em 1998 por
iniciativa principal de Bruce Perens,
mas com o apoio de várias outras
pessoas que não estavam totalmente de acordo com os ideais
filosóficos ou com outros aspectos do Software Livre,
resultando na criação da Open Source Initiative (OSI).
A Open Source Initiative não ignora as liberdades da Free
Software Foundation, por outro lado, tenta ser mais flexível.
Para isso, a organização definiu dez quesitos para que um software
possa ser considerado Open Source:
- Distribuição livre;
- Acesso ao código-fonte;
- Permissão para criação de trabalhos derivados;
- Integridade do autor do código-fonte;
- Não discriminação contra pessoas ou grupos;
- Não discriminação contra áreas de atuação;
- Distribuição da licença;
- Licença não específica a um produto;
- Licença não restritiva a outros programas;
- Licença neutra em relação à tecnologia.
A descrição de cada um desses critérios pode ser
encontrada em softwarelivre.org/open-source-codigo-aberto ou em www.opensource.org/docs/definition.php
(em inglês).
Analisando as características da Free Software Foundation e da
Open Source Initiative, percebemos que, em muitos casos, um software
livre pode também ser considerado código aberto e
vice-versa.
A diferença está, essencialmente, no fato de a OSI ter
receptividade maior em relação às iniciativas de
software do mercado. Dessa forma, empresas como Microsoft e Oracle,
duas gigantes do software proprietário, podem desenvolver
soluções de código aberto utilizando suas
próprias licenças, desde que estas
respeitem os
critérios da OSI. No Software Livre, empresas como estas
provavelmente enfrentariam algum tipo de resistência, uma vez que
suas atividades principais ou mesmo os programas oferecidos podem
entrar em conflito com os ideais morais da Free Software Foundation.
Apesar disso, Free Software Foundation e Open Source Initiative
não são inimigas. Embora não concordem em alguns
pontos, ambas as entidades se respeitam e reconhecem a
importância da atuação de cada uma. De certa forma,
pode-se dizer inclusive que o trabalho das duas
organizações se complementam: a FSF atuando mais pelo
lado social; a OSI, pelos contextos técnicos e de mercado.
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